Exposições: Tramas e Bordados, Bordados e Memórias

O Maria Arte e Ofício e PBH Centro de Referência da Moda convidam você abertura da Exposição Bordadas Memórias, sutis lembranças.
Dia 16 de dezembro, segunda feira às 19h30


Avental

Olha que charme esse avental de coruja! 


Preço: R$ 60,00 

Artesanato pelo mundo » Exportação de produtos brasileiros feitos à mão chega a US$ 38 milhões

Minas Gerais responde por metade das vendas ao exterior

Marta Vieira

O esforço de planejamento, o profissionalismo e a criatividade dos artesãos brasileiros foram reconhecidos no mercado internacional neste ano, a despeito das dificuldades que têm marcado as exportações do Brasil diante da crise na Europa e nos Estados Unidos. Os produtos artesanais embarcados ao exterior apuraram US$ 38 milhões de outubro de 2012 ao mesmo mês de 2013, uma receita recorde, segundo a Associação Brasileira de Exportação de Artesanato (Abexa), com base em levantamento informado à instituição pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

As oficinas espalhadas por todo o país começaram a investir firmemente nas exportações há cerca de cinco anos, com um cuidadoso trabalho de organização da produção, controle da qualidade e formação de preços, que agora dá resultados, lembra a presidente da Abexa, Tânia Machado. Dos modestos US$ 10 mil apurados em 2003, quando os artesãos estavam ainda engatinhado num mercado novo, eles alcançaram a cifra de US$ 20 milhões em 2012. O resultado das exportações no período acumulado desde outubro do ano passado foi turbinado pela demanda de grandes redes varejistas que passaram a valorizar o artesanato brasileiro, a exemplo do magazine norte-americano Macy’s, das gigantes TJMaxx, dona das marcas Home Goods, Home Sense e Winners, e da espanhola El Corte Inglés.




Minas Gerais responde por cerca de metade das vendas, graças à procura dos clientes no exterior pelas peças de decoração feitas em pedra-sabão, objetos produzidos em fibra de café e bananeira, cerâmica, bijuterias em tecidos e material reciclado e as famosas panelas de barro. O ranking dos 12 países que mais compraram o artesanato brasileiro é liderado pela França, com 29,2% do total, seguida pelo Reino Unido, com 26%, Estados Unidos, 22% e a Alemanha, 5,5%. “O artesão aprendeu a trabalhar e hoje tem a certificação da produção artesanal que tem sido muito importante para atender as exigências do mercado internacional”, afirma Tânia Machado, que é também presidente do Instituto Centro Cape, braço do Mãos de Minas, maior central de cooperativas de artesãos de Minas.

Foco na Copa

A tendência das vendas é a de manter expansão, aproveitando a exposição que o Brasil terá no ano que vem com os jogos da Copa do Mundo. Este será, inclusive, o tema da 24ª Feira Nacional de Artesanato, marcada para 3 a 8 de dezembro no Expominas, em Belo Horizonte. O evento vai reunir 7 mil artesãos e pelo menos 15 compradores estrangeiros para conhecer ao redor de 50 mil itens artesanais. A edição do ano passado gerou vendas de R$ 94 milhões, sem contar as encomendas feitas no local.

Com a experiência recente de exportações feita à Europa, aos Estados Unidos e à Austrália, o produtor de castanhas de baru, licores e geleia artesanais Antônio Carlos de Carvalho Marinnho se prepara para investir na divulgação dos produtos durante o mundial de futebol. “Acredito que será uma grande oportunidade para itens que são típicos do Brasil, têm alta qualidade e sabores diferentes”, afirma.

A falta de crédito para as pequenas empresas exportadoras no país é o maior problema na briga pelo mercado externo, na avaliação de Marinnho. As estatísticas sobre o comércio do artesanato são frágeis, uma vez que esses produtos não estão classificados como os demais itens de peso nas exportações do país. A Apex informou que está trabalhando num panorama dos resultados dos projetos que apoia no Brasil. 

Fonte: Portal Uai

"É uma espécie de botequim, um espaço de terapia e trabalho"


por Roberto Oliveira


A aposentada Rita Couto, 60, transformou sua casa, próxima ao Complexo do Alemão, no Rio, em uma grande oficina de criação. E o trabalho que desenvolve com um grupo de mulheres artesãs em uma espécie de sessão de terapia. Ela é o cérebro das Meninas Prendadas, grupo que reúne 12 artesãs, de 45 a 75 anos, que, além de retalhos, utilizam revistas e jornais em suas criações.

Baleia que segura porta e bolsinhas são alguns dos produtos criados por elas para o catálogo da Rede Asta, organização criada por Alice Freitas, finalista do Prêmio Empreendedor Social 2013, que, com a venda porta a porta e a criação de brindes personalizados feitos à mão com sobras de produção das empresas, fortalece grupos produtivos formados por mulheres de baixa renda, em dez Estados do Brasil.

Confira a íntegra da matéria: http://migre.me/gCs58

Fonte: Folha de S. Paulo 

Balonismo II

Como prometido em outro post, olha ai o resultado do tecido de balão!


Festival de Jabuticaba de Sabará

Vamos?



Balonismo

Em busca de novas estampas e temas, encontrei esse tecido de balão, perfeito para peças pequenas (bolsinha, necessaire) e recortes para colchas... Vou ali fazer a peça e depois mostro aqui o resultado!


09/11 - Passeio para bordar

Oficina de bordado junto a natureza!

Sarah Evelyn: Artísta Plástica  e Arte Educadora - Escola Guignard - ministra cursos de:
Desenho, Pintura em Aquarela, Pintura sobre Madeira, Mosaico, Pátina sobre Madeira, Bordados com pontos Livres e Bainhas portuguesas. Coordena a parte artística do Grupo de bordados Mulheres de fibra há 6 anos buscando sempre valorizar a identidade local  e a qualidade.

Fazenda do Engenho D'agua próxima a Ouro Preto e Cachoeira do Campo
Fazenda Engenho D'água, um santuário de preservação ambiental que fica dentro da Área de Proteção Ambiental das Andorinhas, próximo a Ouro Preto. Comandada por especialistas no assunto, a fazenda é elemento essencial na manutenção do equilíbrio ecológico na região. Na sede, animais da mata são bem vindos e interagem com moradores.

Saída de BH às 08hs da porta do Conservatório da UFMG na av. Afonso Pena
 
Transporte + alimentação + oficina com material incluso.
Estamos estudando a possibilidade em oferecer também :
Oficina de bordado com fita e bordado sobre chita.
Se quiser só passear pela natureza também pode.

Bordado sobre pintura com Sarah = 04hs = R$ 215,00
(tecido e linha incluso) levar tesourinha e agulhas

Bordado sobre a chita com Marcia Niquini = 04hs R$ 205,00
(tecidos,linha,manta) levar tesourinha e agulhas

Para viabilizar este passeio precisamos de no mínimo 25 pessoas.

Caso tenha interesse me diga e convide suas amigas bordadeiras.

Inscrições e pagamento de 50% até 05/11/13 

Info: (31)  4103-2874 / 9207-5627 Tim

Qual a sua?


05/11 - Bazar Tecendo Sonhos


Nunca!

Para refletir! 

08 e 09/11 - Bordando Memórias


Patchwork na decoração

Como não gostar? 


Pintando e Bordando o Jequitinhonha


Cachoeira de linhas


by Ana Teresa Barboza

Parada do Quilt - Gramado/RS

Eu (de costas) só observando a Parada do Quilt, realizada anualmente na Av. Borges de Medeiros, em Gramado, no Festival de Quilt e Patchwork!



Foto: Juliana Cirino (Turismo & Arte Promoções)

Em Gramado...

Ótima semana participando do 16º Festival de Quilt & Patchwork de Gramado e em boa companhia!

Até 2014!!!

Sede da ONU abriga exibição com obras de artesãs brasileiras


Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York



A sede das Nações Unidas, em Nova York, abriu suas portas para uma exibição de artesanato brasileiro feito por 15 mulheres de várias estados do país.
O projeto, batizado de "Mulheres Artesãs Brasileiras" conta com um guia bilíngue e um documentário sobre a história das artesãs, e como elas conseguiram melhorar as condições de vida de suas comunidades.

Redes

A exibição também homenageou as 15 artesãs, como conta Maria Miguel de Oliveira, a Rosinha, do Ceará. Segundo ela, a produção de redes gerou um comércio local com dignidade para ela e os demais artesãos.

"Foi com o trabalho da rede que erradicamos mortalidade infantil, anafalbetismo, pobreza na nossa comunidade. Hoje, todas as famílias têm vida digna. Nós iniciamos, e  mais duas irmãs com deficiência física, na década de 80, quando o Sebrae fez um diagnóstico do meu município, que é Várzea Alegre. Eles nos encontraram produzindo este trabalho, debaixo de uma árvore."

A coordenadora do Projeto Mulheres Artesãs afirmou que o artesanato ajuda as mulheres a unir suas famílias.

Família

"São mulheres que têm uma preocupação com a questão ambiental. A Monica, trabalha com diversidade, dona Rosinha trabalha com a questão da educação na sua comunidade. No Brasil, as mulheres têm orgulho de fazer o artesanato e de mudar a história de suas comuniddes com o artesanato. Elas têm orgulho de ter o seu próprio dinheiro e cuidarem da sua vida, e têm o orgulho de agregar a família."

O projeto Mulheres Artesãs está sendo patrocinado pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas, Sebrae. O artesanato do país tem uma loja de representação e distribuição em Nova York

Biodiversidade

Tania Machado disse que os compradores americanos fazem encomendas em média de US$ 10 mil, equivalentes a mais de R$ 20 mil. Eles costumam voltar para comprar mais.
A artesã carioca, Monica Carvalho, que trabalha com peças para promoção da biodiversidade, vende para os Estados Unidos e para a Grã-Bretanha. Nesta entrevista à Rádio ONU, ela conta que aprendeu a negociar com o passar dos anos.

"O principal é você saber quanto que aquilo custou pra você. Uma coisa que a gente fala muito é sobre o que custou. E eu estabeleço aquele preço. Em cima daquilo, eu posso começar a negociar. Mas ele tem o preço mínimo de negociação."

Para Monica Carvalho, o artesanato não pode ser medido como um outro produto qualquer por envolver arte e tempo.

"Existe um tempo, uma dedicação e um esmero de nós artesãos, que somos completamente obsessivas. Eu acho que um bom artesão é tudo obsessivo."
A exibição Mulheres Artesãs Brasileiras foi inagurada no último dia 9 e deve ficar em cartaz até o dia 25.

Fonte: Rádio ONU | http://migre.me/g3M82

Toque Blanc - Chapéu de cozinha

Sabe o nome daquele chapéu que os chefes de cozinham usam? Bom, chama-se Toque Blanc ou apenas Toque. Dizem que o primeiro a usar algo semelhante ao chapéu que conhecemos hoje foi Antonin Careme

Hoje em dia é mais comum o descartável ou de papel. Mas quem quiser inovar, olha ai a minha sugestão. Um ótimo presente para chefes de cozinha, nutricionistas, para quem trabalha diretamente com manipulação de alimentos ou para quem gosta de cozinhar mesmo, por lazer!


Porta Notebook

Um ótimo presente. Tem também para netbook, tablet...


Inscrições abertas para o BAU {bazar de arte e utilidades} - Centro Cultural Centro e Quatro

Estamos preparando uma nova edição do BAU {bazar de arte e utilidades} para 08 de setembro. O BAU é um mercado multicultural que reúne pessoas interessadas em comercializar, expor, promover e divulgar produtos ou trabalhos autorais. 

É um ponto de encontro de boas ideias e novas tendências nas áreas da moda, arte, design, decoração e fotografia embalados por boa música e gastronomia que acontece desde outubro de 2012.

Algumas mudanças foram feitas para as próximas edições. O BAU acontecerá apenas no domingo, das 11h às 19h. O ingressos passam a custar R$3,00 (meia) e R$6,00 (inteira). A próxima edição do BAU contará com a presença de um DJ com discotecagem em vinil com ritmos brasileiros.

Todo contato será feito com equipe própria do CentoeQuatro e no ato da assinatura do contrato o expositor receberá:

- o material de divulgação
- cortesias;
- o regulamento da feira;
- voucher do estacionamento conveniado com preço único R$5,00. Lembrando que o público do BAU também tem direito ao mesmo desconto.

Você também quer participar? Preencha o formulário e aguarde o contato da nossa equipe de produção.

Mais informações: http://www.centoequatro.org/

Fonte: Centro Cultural Centro e Quatro 

Artes nas Gerais - 21 a 24 de agosto - Minascentro



Rua Guajajaras, 1022 – Belo Horizonte - MG 
De 13h às 20h
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)

Mais informações: http://www.wrsaopaulo.com.br/

É assim...


Rita Lee

Até a vovó do rock nacional - Rita Lee - se rendeu ao patchwork na decoração. Como não gostar!


Foto retirada do facebook da artista (15/08/2013)

Bolsas

Bolsas para todos os gostos!


Turismo e Arte Promoções

A Turismo e Arte Promoções é dedicada à promoção do turismo e de atividades culturais relacionados à arte e artesanato e, também, à formação em artes e artesanato.

Há 05 anos promovemos excursões para feiras e atividades culturais de arte e artesanato, em Minas e em outros estados como, por exemplo, Quilt Nordeste, a feira Mega Artesanal em São Paulo, Têre Quilt em Teresópolis, entre outras. 

Promovemos oficinas em que professoras conceituadas estarão ministrando oficinas de quilt, patchwork, pinturas, bordados, tingimentos, origami, scrapbook entre outras artes e artesanatos.

Para ficar por dentro das novidades e participar de promoções adicione nossa fan page no Facebook.


Dinossauros do João Pedro

Os dinossauros do João Pedro, emendado pela mamãe Fabrícia, com técnica de seminole e quiltado por mim. 


Arte Manualidades - 10 a 14 de junho - Cidade Administrativa

Aproveite e garanta seu presente para o Dia dos Namorados!



21/05: Anos 40 - Moda Feminina e Filmes Noir

O Centro de Referência da Moda (CRModa), de Belo Horizonte, dentro do Projeto Guarda Cine, oferece a atividade Câmara de Casaca.

Esta edição é dedicada à Moda Feminina em Filmes noir dos anos 40. Esse evento objetiva oferecer uma visão crítica do figurino no cinema,comparando-o com a moda da época, ajudando a reconhecer os elementos marcantes do período e como o figurino de cinema lança tendências.

Data: 21/05/13 (terça-feira), às 19h

Local: Rua da Bahia, 1149 - Centro - BH/MG
Tel.: (31) 3277-4384 | ccbh.crmoda.fmc@pbh.gov.br



Feliz Dia das Mães!

Seja como for, tem que ter colcha de retalhos!! 


Arte nas Gerais - 21 a 24 de agosto - Minascentro


Brincando e costurando




Não tem como negar que a "arte de costurar" está em nossa sociedade há muito tempo e tem contribuído de forma significante para reforçar nossos laços, sejam de amizade, de cidadania, de força e fé.

Em viagem pela primeira capital do Brasil - Salvador - visitei o Museu de Arte da Bahia, que naquela ocasião (abril/2013) estava com a exposição "Os brinquedos que moram nos sonhos - o brinquedo popular brasileiro", da coleção do fotógrafo carioca David Glat. 

São cerca de 1.500 brinquedos, divididos em oito salas. E na Sala dos Sonhos, bem em frente a uma casinha de bonecas estava uma máquina de costura toda em pano, representando essa arte milenar de entrelaçar linhas e sonhos. 

Artesãos do Vale do Jequitinhonha expõem no campus da UFMG




Quase 50 associações de 22 municípios do Vale do Jequitinhonha terão estandes de 6 a 11 de maio, na Praça de Serviços do campus Pampulha, durante a 14ª edição da Feira do Artesanato do Vale Jequitinhonha na UFMG.

Além da exposição de em cerâmica, tecelagem, cestaria, esculturas em madeira, trabalhos em couro, bordados, pintura e desenho, haverá apresentações artísticas, lançamentos de DVDs sobre os mestres artesãos, rodas de conversa e oficinas.

O Campus Pampulha é Av. Antônio Carlos, 6.627 - BH/MG. 

Mais info: https://www.ufmg.br/boletim/bol1818/5.shtml

Fonte: UFMG

Artesãs mineiras vão expor na sede da ONU, em Nova York

A avaliação dos projetos foi feita em quatro meses por várias entidades

Há 30 anos, Maria José Gomes, a Zezinha, faz bonecas de cerâmica na comunidade rural de Coqueiro Campos, em Minas Novas, na região do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais. A partir do barro, nascem a mãe amamentando o filho, a moça solteira e a noiva. Ainda surpresa com a notícia, Zezinha será uma das três artesãs mineiras que vai expor suas bonecas, em setembro, numa exposição na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos EUA. 

Com trabalhos em algodão e buriti, Gercina Maria de Oliveira, do Distrito Sagarana, em Arinos e Juracy Borges da Silva, que trabalha com a flor sempre-viva, na zona rural de Galheiros, próximo a Diamantina, também estão entre as 15 artesãs do Brasil que foram escolhidas entre as mais de cem inscrições para a exposição "Mulher Artesã Brasileira". A avaliação dos projetos foi da Associação Brasileira de Exportação de Artesanato (Abexa), do Programa do Artesanato Brasileiro do Ministério do Desenvolvimento e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).


Com ensino fundamental incompleto, sem renda fixa e sem a certeza de que vai ter dinheiro, Maria José Gomes, mais conhecida como a Zezinha do Vale do Jequitinhonha, diz que a família sobrevive com o artesanato das bonecas. "Mas as outras artesãs não sobrevivem; a maioria tem que plantar uma roça, fazer um serviço extra", conta. A confecção das bonecas é toda manual, sem técnica. "Começo do nada, não tem fôrma, pego um pedaço de barro e faço tudo da minha cabeça", conta Zezinha, com sensação de felicidade.

A arte de fazer a boneca vem de herança familiar. Zezinha aprendeu com a mãe, Maria, e foi aperfeiçoando de tanto fazer. "Tem a convivência com o cliente que aponta o defeito também", ensina. Com simplicidade, e a produção de 15 peças por mês, Zezinha nem imaginava participar da exposição. 

Nem Juracy Borges da Silva, que também nunca saiu do Brasil, esperava ser escolhida para expor na ONU. Juracy da Silva colhia sempre-vivas para depósitos, antes de migrar para o artesanato. Ela colhia as flores e recebia R$ 10 por quilo. "Agora, tiro um salário mínimo, às vezes menos de um salário por mês". 

Com a participação num grupo de 29 artesãs, Juracy da Silva usa todas as espécies de sempre-viva. Faz arranjo de mesa, árvores, buquês, porta-guardanapo, íma de geladeira e árvores de Natal. Os anjos, ela confecciona com sempre- viva e fibra de bananeira revestida de folhas. Os clientes são os turistas e a rede de varejo Tok Stock que compra arranjos de mesa e vai adquirir o porta-guardanapo feito de sempre-viva. 

Gercina de Oliveira, que participa do projeto Veredas - que ensina a tradição das fiandeiras e tecelãs - vive em Sagarana, distrito de Arinos, um assentamento de sem-terra que deu certo. Nos nove núcleos do projeto Veredas, cerca de cem pessoas trabalham com algodão e com o buriti. 

Centro Cape procura patrocínio

A presidente do Centro Cape e diretora do Mãos de Minas, Tânia Machado, que representa as artesãs mineiras, diz que ainda não tem o dinheiro para a viagem a Nova York (EUA), onde acontece a exposição "Mulher Artesã Brasileira", na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). "Estamos buscando patrocínio. São necessários cerca de R$ 10 mil" calcula. 

A exposição acontece durante a abertura da assembleia da ONU, com a participação de chefes de Estado de várias partes do mundo. "Setembro é o mês do Brasil nos Estados Unidos, é um momento especial", diz a executiva. Tânia Machado conta que queria fazer uma exposição apenas das mulheres mineiras. "Como estava complicado, o Centro Cape criou e levou para o Sebrae um projeto seletivo da mulher artesã brasileira". 

A presidente do Centro Cape explica que o critério de seleção das artesãs não foi apenas o produto representativo, mas as mulheres que tinham mudado a comunidade por meio do artesanato ou não. Foram quatro meses de avaliação dos trabalhos. "De Minas Gerais, temos trabalhos com a cerâmica, tecelagem e palha. É uma representatividade do artesanato mineiro", conta Machado. 

Além da exposição, serão feitos um vídeo e um livro em português e inglês sobre as artesãs. "Não é só a exposição, é uma projeção da arte delas". Cada uma vai levar até três peças. "Minas Gerais está muito bem. São exemplos como esses que levam os outros artesãos a quererem ir também". 

Fonte: O Tempo